terça-feira, 10 de setembro de 2013

Dare to dream.

Quanto mais coisas me acontecem, menos escrevo. Devia ser ao contrário, não é? Quanto mais coisas tenho para contar, mais quero escrever, de outro modo a existência deste blog perde o sentido. Adiante.

Esta Irlanda fria e tantas vezes monótona tem trazido à minha vida um rumo que nem nos meus sonhos menos modestos eu imaginei. Ainda hoje estava a pensar que gostava de escolher um moto para a minha vida. Só porque as palavras são uma das minhas grandes paixões e porque uma frase bem escolhida pode significar muito mais do que todos os textos que eu possa colocar aqui. Não que eu ache que ter um moto mude alguma coisa ou contribua de alguma forma para a optimização do meu branding pessoal. Nem sequer estou muito preocupada com isso. Gosto destas coisas, pronto.

E então escolhi-o: Dare to dream.

Sempre sonhei muito, a dormir e acordada. Durante algum tempo debati-me com a minha vida e com as minhas emoções porque, tendo tudo, não era feliz. Os meus sonhos eram sempre muito maiores, muito para lá do real e, lá no fundo, nem eu nunca acreditei que eles se pudessem realizar. Hoje é diferente. Hoje acredito.

Não que os meus sonhos estejam todos realizados. Oh! Que sentido teria a minha vida agora? E também não se dá o caso de eu ser totalmente feliz e realizada - se fosse, para quê sonhar? O que está diferente agora é que perdi o medo de sonhar e de sonhar cada vez mais alto. E também perdi o medo de abdicar. E de arriscar. Hoje talvez perca, hoje talvez me arrependa. Amanhã ganharei, amanhã saberei que houve um sentido qualquer para a minha decisão. Ou para o meu impulso! E se não houver... bem, se não houver terei consciência de que, pelo menos, ousei sonhar. E também de que, certamente o voltarei a fazer.

E assim tenho vivido os dois últimos anos da minha vida. De sonho em sonho, de conquista em conquista.

Pelo caminho vou perdendo outras coisas. Vou abdicando delas. De conversas, de pequenas conquistas dos outros que não minhas (apercebo-me também que este caminho traz um lado egoísta obrigatório, mas doloroso de cada vez que penso nele!), de histórias a que já não pertenço, até de algumas amizades, porque isto da distância não perdoa.

Ainda assim eu arrisco. E ouso sonhar!

Até ja!