quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Meanwhile in Ireland...

Saudade foi a palavra que melhor caracterizou os dias que se seguiram à memorável visita à Escócia. Sentir saudades, matar saudades. Tão português, tão cansativo e tão bom e recompensador.

A Irlanda continuava igual. Cheia de pubs e de pubs cheios para os irlandeses. Cheia de uma chuva deprimente e irritante de Agosto para os restantes mortais que habitam esta cidade. Ok ok, houve dias de sol. Um ou dois ou três, vá. Mas foram sempre imediatamente seguidos por um dia de chuva intensa, o que automaticamente apaga as boas lembranças da jornada solarenga precedente.

E a mim faltava-me a energia necessária para absorver as vibrações positivas deste tímido e raro sol irlandês. O amor alimenta, as saudades consomem, roubam tempo ao espírito, intranquilizam o coração.

Para o tranquilizar só mesmo o sol português, o verdadeiro, o que queima a pele e enche a alma. E matar saudades de abraços que tanto faltam diariamente. Foram só dois dias, mas trouxeram uma energia incomparável, imparável. O melhor de tudo é saber que tenho sempre para onde voltar, enquanto aqui há sempre alguém que me espera.

O último fim de semana foi de visita ao sul da ilha verde. E que verde!! Fazer o Ring of Kerry é de cortar a respiração e faz-nos sentir pequeninos, inexistentes quase, perante as maravilhas e as surpresas da Mãe Natureza. Indubitavelmente, um dos sítios mais bonitos que já conheci.

Depois de tanto amaldiçoar esta chuva permanente, as paisagens do Ring of Kerry fizeram-me agradecer por assim ser. Se não chovesse tanto, esta ilha não seria com certeza tão bonita.

E no fim de tudo, há sempre uma pint, um abraço ou um beijo para aquecer o coração.

Tudo está bem quando acaba bem!

Até já;)

PS. O próximo fim de semana vai ser de visita à grande metrópole, Londres. E a próxima semana é de festa e de melancolia. Mas desta vez é uma melancolia doce. Com bolo de aniversário.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Scotland: Land of Princesses and Knights :)

Eu juro que se fechasse os olhos conseguia ouvir os cascos dos cavalos, as espadas dos duelos, as jovens princesas em busca do seu principe encantado. Chegar a Edimburgo é como estar num filme sobre a época medieval, é como ser transportado para uma realidade com mais de dez séculos. Tudo parece uma pintura, tudo parece irreal. É impossível não gostar de uma cidade que nos faz levantar os pés do chão, que nos faz imaginar como seria se não vivessemos nesta época e nos passeassemos por aquelas ruas apertadinhas, enquanto assistiamos a duelos fervorosos pela honra de uma familia ou pelo amor de uma dama.

Até o tempo ajudou a estimular a imaginação. Um dia de sol magnifico, que se foi tornando mais cinzento e que trouxe uma neblina ténue às zonas mais altas da cidade, tornando tudo mais misterioso, mais propicio a fantasias medievais.

Tudo isto se ia tornando mais contrastante à medida que iamos descobrindo o ambiente que pulsava na cidade. O festival Fringe traz espetaculos de rua, cantores, comediantes, músicos, dançarinos e gente, gente que chega de todo o lado para se divertir e para viver momentos únicos que só uma cidade carregada de tanta magia pode proporcionar.

Não admira mesmo nada que a J.K. Rowling se tenha inspirado tanto em Edimburgo para escrever uma das minhas obras de eleição. Edimburgo é mistério, é magia, é deixarmo-nos levar para fora da nossa realidade.

Glasgow brindou-nos com uma chuva incessante durante todo o tempo em que lá estivemos. É um sítio diferente, com traços muito característicos da cidade industrial que outrora foi. Mas caminhando para a parte oeste da cidade, lá estão os castelos, as torres enormes, os jardins. Verde, é tudo tão verde!

Estudar na Universidade de Glasgow deve ser como viver em permanência num castelo medieval!

Enfim, um fim de semana com cheirinho a sonho que traz muito pouca vontade de acordar na realidade quotidiana.

"Tão, tão bom!" ;)

As próximas semanas vão ser de muito trabalho e de muitas saudades.

Até já ;)